DO FOLHETIM AO LIVRO: ALGUNS TÓPICOS SOBRE A ADAPTAÇÃO DE QUINCAS BORBA

Autores

  • Bruna Canellas de Freitas Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Neste artigo, nossa proposta é empreender uma leitura comparativa do romance machadiano Quincas Borba em suas duas versões (folhetim e livro). Tratamos de colocar as versões publicadas em diálogo, para que fossem observadas pertinências em relação às semelhanças e singularidades, à sua estrutura, ao desenvolvimento dos fluxos narrativos e às personagens. As versões em estudo a que nos referimos são: a versão publicada no periódico A estação, no período de 15 de junho 1886 a 15 de setembro de 1891; e sua versão definitiva, publicada em 1891, pela editora Garnier. Temos como objetivo esboçar uma análise de Quincas Borba, na qual o centro de convergência é o seu processo de adaptação narrativa, o que implica uma transformação do modo de olhar.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20170008

Biografia do Autor

Bruna Canellas de Freitas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Letras Português/Literaturas pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-UERJ). É integrante da pesquisa "A rede conceitual do pós-moderno: discussões e (re)leituras de literatura na contemporaneidade", sob a orientação da Profª Drª Maria Cristina Cardoso Ribas (FFP-UERJ).

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Publicado

2017-07-03

Edição

Seção

Romances